A derrota do Avante por dois a um para o BAC na tarde deste sábado, em Santo Antônio de Lisboa, foi apenas um detalhe na trama de acontecimentos que envolvem a despedida do time da Interligas. Uma sucessão de fatos e decisões chegam a ofuscar a merecida conquista do BAC.
Para começar, o técnico Cabral se despediu em definitivo. Volta
às atividades comerciais e pode dirigir um time em Biguaçu. Será substituído por Bonga, o apelido de Emerson Oscar Rodrigues, que não é nenhum estranho no Avante. Afinal, ele dirigiu o time na conquista do campeonato amador de Florianópolis no ano passado. Ele estava no Montenegro (São José).
A notícia de que ele seria o novo técnico correu rápido entre os jogadores. Bonga inclusive serviu para serenar os ânimos exaltados da pós-goleada. Dani, por exemplo, que fora crucificado, voltou a jogar. Marquinhos, outro incriminado, só não atuou contra o BAC por estar cumprindo suspensão. Os dois alegaram que tinham avisado com antecedência do inusitado jogo em Curitiba.
Mas o que pesou mesmo na permanência dos dois e na reintegração ao grupo foi o pedido de Bonga. Ele conta com a presença de ambos. Marquinhos esteve no campo acompanhando o jogo e conversou amistosamente com o presidente Edenaldo Lisboa (Feijão) e o diretor de futebol do Avante Valter da Silva, acertando os ponteiros.
Também encobrindo a importância do jogo, o anúncio de novos reforços. O zagueiro Leandro Conceição Berto, o Biacha, por exemplo. O volante Gustavo continua no grupo. Pedrinho está chegando. Sahá é outro que retorna ao Avante.
O jogo? Bem, o jogo foi disputado. Uma boa partida pelo que cada equipe tentou e pode criar de oportunidades de gols. Sarda e Jean Ventura foram os primeiros a arriscar pelo Avante, mas coube a Davi numa cobrança de falta aos 14 minutos do primeiro tempo a abertura do placar. O BAC que apostava no veloz e hábil Kleyffer, autor de cinco dos oito gols no jogo em Biguaçu, viu sua peça principal muito bem marcada.
Mas isso não intimidou o time de Bellini que continuou para cima do adversário. Aos 36 minutos, num cruzamento de Rafa Cadorin, Higor empatou de cabeça para o BAC. Os dois times foram para o intervalo e voltaram sem alterações. Se no primeiro tempo o Avante ainda nutria esperanças de dar um troco, no segundo tratou de se defender, explorando alguns contra-ataques.
A pá final veio aos 25 minutos, através de novo cruzamento de Cadorin para o gol de João Felipe que, segundo o time inteiro do Avante, recebeu a bola desviada por Dé com a mão. Tanto é que foram para cima do bandeira e árbitro, o que não deu em nada, despertando a indignação de Feijão. “Todo mundo viu que houve mão na bola”. O técnico Cabral, ao reclamar, foi expulso.
Avante 1 x 2 BAC
O Avante jogou com Beto, Fael, Juninho, Maninho, Dani, Secco, Pedrinho (Diego), Davi, Laércio (Luis Gustavo), Jean ventura (Sandro) e Sarda. O BAC atuou com Nei, Dodô, Juan, Coco (Gabriel), Rosa, Farinha (Diego), Higor, Cadorin, Kleyffer (Julinho), João Felipe (Felipe) e Dé (Guibeirão).
O jogo foi apitado por Antônio Heck, auxiliado por Jayson Silveira e Arthur Silva Fraga, da Liga Josefense de Futebol (Ljf). O delegado foi José Ricardo de Souza, da Liga Florianopolitana de Futebol (Liff).
Escrito Por Celso Martins
